Entre 2004 e 2009, o número de pessoas portadoras de deficiências a serem contratadas diminuiu drasticamente: no início de 2004, cerca de 50% das pessoas deficientes que tinham capacidades de trabalhar (pela sua grande autonomia e capacidade cognitiva) foi contratada, enquanto que em 2009, apenas 10,7% foi contratada.
As integrações profissionais com contrato têm vindo a diminuir por vários factores como a conjuntura social e económica do país e a diminuição do número de formandos, devido à abertura de outras alternativas profissionais (ex: Novas Oportunidades).
De facto, empregar pessoas com deficiências compensa. Esta é uma realidade de hoje no mundo empresarial.
Apesar de serem poucos os patrões que dão oportunidades laborais a cidadãos com deficiência ou incapacidade, aqueles que o fazem são unânimes: empregar pessoas com necessidades especiais tem muitas mais vantagens para além dos subsídios aos quais as empresas têm direito:
- dadas as dificuldades do mercado de trabalho, acrescidas para o caso de pessoas deficientes, aqueles que têm uma oportunidade não querem desiludir o seu empregador: são os primeiros a disponibilizarem-se para trabalhar aos sábados ou gerir picos de trabalho;
- as empresas, além de melhorarem a produtividade, ganham o respeito dos clientes e a admiração dos funcionários;
- transmite boa imagem para o exterior (marketing social).
“(...) a recompensa pode ir muito além do consolo moral de se praticar um acto socialmente útil...
Não é por filantropia ou miserabilismo que emprego deficientes. É por pura vantagem competitiva."
Ernani Gonçalves, gerente da Silvex
"Já temos deficientes aqui a trabalhar desde há muitos anos. Eram dois surdos-mudos. Agora já só temos um. Na altura em que os empregámos, ainda não havia subsídios. Fizemo-lo não por caridade mas por acreditarmos no seu desempenho. Nunca chegámos a pedir apoios, porque sempre foram vistos como trabalhadores normais e parece-me um paradoxo estar a receber um subsídio por perda de produtividade por um trabalhador dos mais produtivos."
Maria Isabel Antunes, Tipografia Comercial
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