quarta-feira, 31 de março de 2010

Sorteio das rifas

Dia 26 deste mês, realizámos o sorteio do fim-de-semana no Algarve para duas pessoas (cortesia da Agência Alto Astral).
Assim, retirámos dos nossos cadernos de senhas todas as rifas vendidas, colocando-as numa caixa. Os papéis continham o nome do comprador, bem como o seu e-mail e número de telefone.
O sorteio foi feito em frente à nossa turma e, de modo a ser imparcial, foi o nosso professor de Área de Projecto, o professor Manuel Horta, a retirar o nome do vencedor: a Sra. Paula Meira.
Como tínhamos referido anteriormente, o dinheiro angariado vai ser doado a Helena Grilo, mãe do João Pedro, um menino de 5 anos com Paralisia Cerebral.
Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram e deixamos um obrigado especial à Agência de Viagens Alto Astral, que tornou esta iniciativa possível.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Na GNR com a turma


No passado dia 23 de Março, fomos à GNR, durante a tarde, com alguns alunos da nossa turma e com o nosso professor Manuel Horta. Esta visita teve a intenção de lhes proporcionar a observação de uma sessão de hipoterapia, fazendo-os perceber, ao mesmo tempo, em que é que consiste e como é que funciona a terapia assistida por cavalos.

Eram 13h15 quando nos encontrámos à porta da escola para nos dirigirmos até ao local onde se iria realizar a actividade. Chegámos ao 4º Esquadrão, onde fomos muito bem recebidos pelos guardas presentes. Um deles mostrou-nos o caminho para o picadeiro principal. Chegados ao local, visualizámos o picadeiro, bem como a preparação dos cavalos pelos guardas que iam coordenar a actividade terapêutica.

De seguida, o Chefe Dinis Costa, com quem tínhamos contactado e combinado tudo previamente ao telefone, apresentou-se pessoalmente, tendo sido muito agradável com todos os presentes, disponibilizando-se, de imediato, para esclarecer potencias dúvidas que pudessem surgir.

De entre as perguntas que fizemos ao Chefe Dinis Costa concluímos que a GNR aderiu à iniciativa de realizar aulas de hipoterapia em 97/98, devido ao facto de várias instituições terem perguntado diversas vezes à GNR se realizavam estas aulas, o que incentivou a exploração desta terapia, tendo ocorrido, posteriormente, a adesão à mesma até aos dias de hoje. Quanto à formação e preparação necessária dos guardas, o Chefe Dinis Costa disse-nos: “os agentes da GNR não têm uma formação específica para trabalhar com este tipo de pessoas. Na verdade, nós acompanhamos as crianças, guiamos o cavalo no percurso e vamos indicando os exercícios que serão muito importantes para o desenvolvimento da concentração, da postura e do equilíbrio destes meninos. A acompanhar vai sempre a terapeuta da instituição, principalmente nos casos onde a atenção tem de ser redobrada, e, nos casos mais leves, pode ir só um agente a indicar os exercícios a realizar e outro a guiar o cavalo.”.

Os cavalos utilizados apresentam características específicas para poderem trabalhar com estas crianças sem levantar qualquer tipo de risco para elas. A GNR cede o espaço e os cavalos a várias instituições de forma gratuita. O picadeiro apresenta um ambiente relaxante e descontraído, através da música que vai soando, o que é muito agradável e benéfico para quem se encontra no mesmo.


Após a visualização da terapia dos meninos do Centro de Educação Terapêutica do Restelo, tivemos a oportunidade de falar com a terapeuta ocupacional dessa instituição. Na conversa falou-nos de um caso em específico, o da Jerusa, que sofre de autismo. Neste caso, a finalidade prende-se com o captar a atenção da menina, retirando-a do seu mundo, através de dois sentidos: a visão e a audição. Em relação ao primeiro é usada uma bola muito colorida e em relação ao segundo é utilizada uma bola que faz barulho. A Jerusa apresenta um grande receio de tudo o que a tira do chão, o que faz com que fique desconfortável e com medo, mas com o auxílio da hipoterapia já chegaram ao ponto de a conseguirem colocar em cima do cavalo. É um processo gradual, mas que mostra já melhorias em diversos aspectos.
No final, vimos ainda a actividade realizada por meninos autistas de uma segunda instituição. Alguns dos exercícios eram novos e bastante interessantes, o que os cativava e entusiasmava, ao mesmo tempo que trabalhavam a parte cognitiva.

Esta visita é mais uma prova de que não devemos olhar para realidades como a deficiência de uma forma particular, apenas por nos serem estranhas, uma vez que, hoje em dia, já existem muitos meios que auxiliam, que apoiam e que se preocupam (como a GNR, o Estado e as Instituições) com estas pessoas com necessidades especiais, o que as torna felizes e o que, por vezes, melhora as suas condições.

sábado, 20 de março de 2010

Sabias que a integração de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho está a diminuir?

Entre 2004 e 2009, o número de pessoas portadoras de deficiências a serem contratadas diminuiu drasticamente: no início de 2004, cerca de 50% das pessoas deficientes que tinham capacidades de trabalhar (pela sua grande autonomia e capacidade cognitiva) foi contratada, enquanto que em 2009, apenas 10,7% foi contratada.

As integrações profissionais com contrato têm vindo a diminuir por vários factores como a conjuntura social e económica do país e a diminuição do número de formandos, devido à abertura de outras alternativas profissionais (ex: Novas Oportunidades).

De facto, empregar pessoas com deficiências compensa. Esta é uma realidade de hoje no mundo empresarial.
Apesar de serem poucos os patrões que dão oportunidades laborais a cidadãos com deficiência ou incapacidade, aqueles que o fazem são unânimes: empregar pessoas com necessidades especiais tem muitas mais vantagens para além dos subsídios aos quais as empresas têm direito:
  • dadas as dificuldades do mercado de trabalho, acrescidas para o caso de pessoas deficientes, aqueles que têm uma oportunidade não querem desiludir o seu empregador: são os primeiros a disponibilizarem-se para trabalhar aos sábados ou gerir picos de trabalho;
  • as empresas, além de melhorarem a produtividade, ganham o respeito dos clientes e a admiração dos funcionários;
  • transmite boa imagem para o exterior (marketing social).

“(...) a recompensa pode ir muito além do consolo moral de se praticar um acto socialmente útil...
Não é por filantropia ou miserabilismo que emprego deficientes. É por pura vantagem competitiva."
Ernani Gonçalves, gerente da Silvex

"Já temos deficientes aqui a trabalhar desde há muitos anos. Eram dois surdos-mudos. Agora já só temos um. Na altura em que os empregámos, ainda não havia subsídios. Fizemo-lo não por caridade mas por acreditarmos no seu desempenho. Nunca chegámos a pedir apoios, porque sempre foram vistos como trabalhadores normais e parece-me um paradoxo estar a receber um subsídio por perda de produtividade por um trabalhador dos mais produtivos."
Maria Isabel Antunes, Tipografia Comercial

quinta-feira, 18 de março de 2010

Conferência sobre Hipoterapia nas OSJ

No passado dia 16 de Março de 2010, realizou-se uma palestra na nossa escola sobre hipoterapia, atrelagem adaptada e o papel dos pais na deficiência, dirigida pelo Sr. José Manuel Correia, do Centro de Hipoterapia e Equitação Terapêutica de Almada, em colaboração com o Sr. José Patrício.

Inicialmente, quem tomou a palavra foi o Sr. José Manuel Correia que nos falou do que é a hipoterapia, das diferenças entre equitação terapêutica e hipoterapia, a quem se destina e quais as patologias que beneficiam com esta terapia. Por outro lado, falou-nos dos benefícios para os utentes e de como é constituída a equipa de trabalho. Mostrou-nos, ainda, os materiais utilizados nesta prática.

De seguida, falou-nos de atrelagem adaptada e das suas duas vertentes: terapêutica e competição. É uma alternativa à hipoterapia porque não é necessário montar o cavalo, o que representa um dos maiores receios dos utentes. Pessoas com mais peso podem realizar esta terapia e com os mesmos benefícios. Para finalizar, explicou-nos o tipo de cavalo utilizado, uma vez que este tem que apresentar um conjunto de características, como robusto e dócil.

A palestra prosseguiu com o testemunho do Sr. José Patrício, que nos falou da sua experiência pessoal, como pai de uma criança com paralisia cerebral.

Começou por falar dos sonhos de todos os pais durante a gravidez e de como são destruídos após o nascimento de uma criança especial. Explicou-nos como se sentiu, da nova concepção do mundo que ganhou após esta experiência, o que aprendeu, as barreiras que ultrapassou e as grandes conquistas que teve após as frustrações. Referiu, ainda, os diferentes perfis de pais, bem como as fases vividas até conseguir voltar a sonhar.

Apesar de ser possível sonhar novamente, o preconceito e a ignorância perante os cidadãos portadores de deficiência é um grande entrave para que estes tenham uma boa qualidade de vida.

Quanto à hipoterapia, explicou-nos que o facto de a família participar nas sessões, traz grandes benefícios ao praticante, à família e ao próprio Centro.

Terminou utilizando uma frase de sua autoria que sensibilizou todos os presentes: "Está nas minhas mãos de pai e nas tuas, que construirás o futuro, abrir caminhos para que ela (a filha) possa crescer, escolher e construir o seu mundo."

Mais uma vez, gostaríamos de agradecer ao Sr. José Manuel Correia e ao Sr. José Patrício pela disponibilidade e presença de ambos no nosso colégio, bem como aos que assistiram à palestra dada pelos mesmos. Obrigada!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Curiosidade: Outra maneira de os golfinhos nos poderem ajudar

Novos estudos científicos mostram a capacidade que os golfinhos têm para entrar num estado diabético de tipo 2, durante a noite, devido à escassez de alimento, revertendo este processo quando se alimentam no dia seguinte. Este novo dado permitiu aos cientistas realizarem estudos mais profundos sobre este tema, com o intuito de encontrarem um medicamento que “desligue” a diabetes eficazmente no ser humano, através de uma eventual semelhança genética desta característica entre estes dois mamíferos. Esta descoberta pode dar origem a novas formas de prevenir, tratar e até curar a diabetes no ser humano. Podemos, então, apreender o quão importante os animais são na nossa vida.

Deixamo-vos aqui o texto, publicado on-line no site do jornal PÚBLICO, sobre este assunto dos golfinhos poderem vir ajudar os humanos a tratar a diabetes:

"Esta descoberta sugere que os golfinhos conseguem operar um click genético que lhes permite “fazer de conta” que têm diabetes enquanto jejuam, não chegando, porém, a sofrer da doença.

Se os cientistas conseguirem identificar, nos humanos, uma eventual semelhança genética com esta característica dos mamíferos, poderão nessa altura desenvolver medicamentos que “desliguem” a diabetes eficazmente, escreve o “The Guardian”.

Os tecidos das pessoas com diabetes tipo 2 tornam-se, com o tempo, resistentes à insulina, perdendo, por isso, a capacidade de controlar os níveis de açúcar no sangue. Esta doença pode causar danos irreparáveis no coração, fígado, visão e nervos, contribuindo para cinco por cento das mortes em todo o mundo a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Ao que parece, os golfinhos imitam sofrer de diabetes para manter os altos níveis de açúcar quando a comida escasseia. Tal como os humanos, os golfinhos precisam de algum açúcar no sangue para que os seus cérebros funcionem normalmente.

“A nossa esperança é que esta descoberta possa dar origem a novas maneiras de prevenir, tratar e até curar a diabetes nos humanos”, indicou Stephanie Venn-Watson, responsável pelo estudo, levado a cabo na National Marine Mammal Foundation, em San Diego.

A equipa de Venn-Watson analisou cerca de mil amostras de sangue de 52 golfinhos enquanto estes jejuavam, durante a noite, e depois quando se alimentavam, durante a manhã. Durante a noite, o metabolismo dos golfinhos mudou drasticamente, mostrando características semelhantes às pessoas que sofrem de diabetes tipo 2.

“O que é interessante neste estudo é que, quando analisamos os golfinhos quando já estão a comer, de manhã, eles revertem para um estado não-diabético, o que indica que estes animais poderão ter uma espécie de ‘interruptor’ genético que faz com que liguem e desliguem a sua diabetes”, indicou Venn-Watson durante um encontro da American Association for the Advancement of Science, em San Diego.

Os humanos e os mamíferos têm os maiores cérebros de entre os mamíferos e ambos têm glóbulos vermelhos excepcionalmente permeáveis à glicose e que permitem transportar grandes quantidades de açúcar para o cérebro.

Os cientistas acreditam que a diabetes surgiu nos golfinhos como uma adaptação evolutiva a uma dieta rica em proteínas e pobre em hidratos de carbono.

Nenhum outro animal, para além dos humanos, mostra o mesmo complexo quadro sintomático de diabetes como o fazem os golfinhos.

“Talvez este seja o vestígio de alguma coisa que esteja adormecida e que possa ser despertada e usada como terapia de cura”, indicou Venn-Watson.

“Não há nenhum desejo de transformar um golfinho num animal de laboratório, mas aquilo que poderemos fazer é comparar os seus genes com os genes humanos e procurar provas da existência desse interruptor genético”, acrescentou."

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sabias que também se faz terapia com golfinhos?

Na história da vida humana foram criados diversos mitos e lendas que sugerem uma natural afinidade entre o golfinho e o ser humano.

Os diversos salvamentos realizados pelos golfinhos, a sua inteligência e o seu amor pela liberdade têm despertado um desejo no ser humano de interagir com os mesmos.

É um novo campo na medicina moderna, fundado pela Dra. Ludmila Lukina, e é categorizado como um estimulante tipo de terapia que já trouxe, inclusive, resultados extraordinários na sociedade actual.

Esta terapia, destinada a pessoas portadoras de deficiências, é um método que oferece suporte e que complementa as terapias tradicionais. O tratamento é realizado num ambiente diferente, nas proximidades do mar, baseando-se em princípios da terapia comportamental, uma vez que a interacção com os golfinhos oferece à pessoa um estímulo excepcional que outras formas de terapia não podem oferecer. A motivação da criança é elevada, podendo desenvolver assim a força para alcançar o próximo passo no seu progresso.

Várias pesquisas científicas demonstram que a capacidade de concentração e o grau de atenção gerado nas crianças pela terapia com golfinhos chega até a quadruplicar-se. A interacção directa com estes gera fortes estímulos no campo da integração sensorial: com a visão, a audição, o tacto, o paladar e o olfacto. Esses estímulos são extremamente importantes no desenvolvimento do aprendizado, na modificação do seu comportamento, na comunicação e na linguagem, na coordenação motora, no desenvolvimento cognitivo, na competência social e nas capacidades funcionais. A aquisição de todas estas competências é então transferida para o dia-a-dia da criança.